Seguro Residencial: a sua proteção pode ter se tornado insuficiente

A sua proteção pode ter se tornado insuficiente

Iniciação > Notícias > Seguros > Seguro Residencial: a sua proteção pode ter se tornado insuficiente

Seguros

O Seguro Residencial oferece proteção para diferentes tipos de perdas que podem atingir casas e apartamentos. A mais conhecida delas é a cobertura para incêndios, raios e explosão causada por gás. Esse tipo de seguro conta, também, com outros tipos de cobertura que podem ser contratadas pelos proprietários para a proteção do imóvel e do seu conteúdo – como alagamento e roubo e furto qualificado, por exemplo.

Para que a proteção do Seguro Residencial seja efetiva, os tipos de cobertura devem ser contratados com limites que sejam adequados aos valores dos bens expostos aos riscos de perda. Se os limites contratados forem muito superiores aos valores dos bens protegidos, haverá despesa desnecessária com o pagamento dos prêmios mais elevados do Seguro Residencial. Por outro lado, a contratação de limites menores que os necessários à reposição dos bens em caso de perda total poderá prejudicar a condição financeira do segurado, caso ocorra um sinistro.

Todo proprietário tem uma boa noção de quanto, aproximadamente, seria o valor do seu imóvel e do seu conteúdo. Nestes tempos de inflação mais elevada em praticamente todos os países – como tem ocorrido nos últimos anos -, a sua avaliação pode estar sendo distorcida pela velocidade com que os preços da construção civil e dos bens de consumo têm aumentado.

Isso afeta os tipos de cobertura e respectivos limites do Seguro Residencial que são contratados. Caso ocorra um sinistro que resulte em perda total do imóvel ou de um bem, o tipo de cobertura de seguro contratado e o valor-limite para sua indenização devem refletir o seu custo de reposição.

No caso dos imóveis, a indenização por perda total geralmente considera o custo para reconstrução das edificações utilizando critérios de cálculo que levam em conta aspectos como o custo por metro quadrado para o tipo de imóvel na região, a sua idade e o seu estado de conservação à época do sinistro, por exemplo. É importante acompanhar a evolução desses custos para que o valor segurado do imóvel esteja adequado e, no caso de um sinistro, o seu proprietário possa receber a indenização que permitirá a recuperação do seu patrimônio.

Os conteúdos dos imóveis segurados são outro ponto de atenção. Caso ocorra um evento com cobertura prevista no seguro que danifique eletrodomésticos, móveis, roupas e equipamentos eletrônicos, os prejuízos poderão ser indenizados pela seguradora, observados os limites contratados e as condições da apólice. Geralmente, o limite de indenização da cobertura de incêndio é único, abrangendo tanto os prejuízos causados ao imóvel quanto ao seu conteúdo.

Com a pandemia de COVID-19, muitos proprietários de imóvel fizeram reformas em suas residências, buscando adequá-las aos novos perfis de uso, quando as pessoas passaram a ficar mais tempo em casa. Além das mudanças nas edificações, também modificaram mobiliário e adquiriram mais equipamentos para atendimento das novas formas de trabalho (home office), de aprendizagem (cursos a distância) e de lazer.

O resultado combinado da maior velocidade no aumento dos preços e dos bens expostos a riscos pode deixar o proprietário de uma casa ou apartamento com proteção insuficiente pelas coberturas do Seguro Residencial. Isso significa que, caso ocorra um sinistro que afete tanto o imóvel quanto o seu conteúdo, a indenização recebida poderá ficar muito aquém do que seria necessário para poder recompor o seu patrimônio e retomar a sua vida.

Diferentemente do Seguro Auto, no caso do Seguro Residencial a maioria dos proprietários não tem o hábito de revisar periodicamente os limites de indenização das apólices, promovendo os necessários ajustes para refletir as mudanças nos bens expostos a riscos.

A maioria das apólices de Seguro Residencial é contratada com vigência anual. Pelo menos na época da renovação, os proprietários de imóvel e seus corretores de seguros devem efetuar a revisão dos bens – imóvel e conteúdo – e responsabilidades, reavaliando os tipos de cobertura e os seus limites, assegurando a sua adequação aos objetivos definidos para se lidar com os riscos a que estão expostos.

Na regulamentação do mercado de seguros brasileiro existe uma possibilidade de renovação do Seguro Residencial que, se por um lado facilita a continuidade da proteção por seguro dos proprietários de imóveis, por outro oferece uma comodidade que pode resultar em distorções na adequada utilização do Seguro Residencial.

É o caso da primeira renovação do Seguro Residencial, que pode ser feita de maneira automática, por iniciativa das seguradoras. Cada companhia utiliza critérios próprios – geralmente, propondo manter as coberturas em vigor e fazendo ajustes nos respectivos limites, com base em algum índice de preços para o período.

O Seguro Residencial é um instrumento valioso para a proteção do patrimônio das pessoas e das famílias. Para que sua proteção seja efetiva, é necessário que sua contratação contemple coberturas e limites adequados aos bens e responsabilidades que devem ser protegidos.