Planejamento financeiro: como realizar sonhos e atingir objetivos
Poupança e Investimento
Comprar um carro ou a tão sonhada casa própria. Fazer aquela viagem dos sonhos ou se aposentar e curtir a vida. São muitos sonhos e desejos, mas nem sempre se sabe como concretiza-los. É nessa hora que o planejamento financeiro pode ajudar!
Planejar é estabelecer objetivos e metas para, então, definir as ações e os recursos necessários para atingi-los. Na teoria parece simples, mas a aplicação prática é bem mais complicada. Isso porque o planejamento envolve algo que a maioria das pessoas nem sempre tem: organização e disciplina. A boa notícia é que essas duas competências podem ser desenvolvidas.
Tudo começa pela definição dos objetivos de vida. Alguns são mais fáceis de se identificar e quantificar – como a compra de um carro, de uma casa, ou uma desejada viagem de férias. Outros já são bem mais complexos e envolvem estimativas, como, por exemplo, garantir a educação dos filhos ou ter recursos suficientes para uma aposentadoria confortável. Há ainda aqueles que, muitas vezes, são esquecidos ou ignorados pela maioria, como a reserva para emergências ou para despesas inesperadas.
Muitas vezes esses objetivos concorrem entre si pelos recursos limitados disponíveis, sendo necessário escolher quais serão priorizados. Mudanças de prioridade e de objetivos ao longo da vida são bastante comuns. Por isso, esse processo é dinâmico e precisa ser revisado periodicamente. Saber o que realmente é importante e necessário vai facilitar muito as escolhas e decisões que precisarão ser tomadas ao longo do processo.
Antes de começar, é essencial conhecer a própria realidade financeira. Para isso, são utilizados alguns conceitos da Contabilidade, que é um sistema de informação cujo objetivo principal é auxiliar a tomada de decisões. Balanço e orçamento são ferramentas que podem ser utilizadas para descobrir como anda a saúde financeira de quem está fazendo o planejamento.
O balanço permite visualizar, de um lado, todos os ativos financeiros e bens que uma pessoa tem à disposição; do outro lado, permite listar todas as dívidas ainda não pagas. O ideal é que o valor total das dívidas seja menor que o valor dos ativos, indicando que as rendas, os empréstimos e financiamentos vêm sendo empregados adequadamente, adicionando bens e recursos que poderão ser utilizados em caso de emergência ou para a realização dos objetivos pessoais.
Já o orçamento permite identificar todas as fontes de renda (entrada de dinheiro) e todos os gastos realizados (saída de dinheiro). Aqui é fundamental que as receitas sejam maiores que as despesas; caso contrário, existe um grande problema que precisa ser resolvido imediatamente. Gastar mais do que se ganha é, geralmente, um caminho para o desastre. E, quando se utiliza cartão de crédito ou empréstimos para cobrir o rombo, a situação é ainda pior.
Neste caso, o primeiro objetivo deve ser equilibrar as finanças, adotando-se medidas para reduzir os gastos, quitar dívidas e, se possível, aumentar as rendas. Este artigo sobre gasto consciente pode ajudar no entendimento e na solução.
Apesar do planejamento financeiro poder ser utilizado para muitas finalidades, inclusive planejamento sucessório, o ideal é seguir uma gradação, de acordo com a realidade financeira analisada.
Com as finanças equilibradas, ou seja, gastando-se menos do que se ganha e sem dívidas fora de controle, o próximo objetivo deve ser constituir um fundo para emergências, que servirá como proteção em caso de imprevistos.
À medida que a economia de dinheiro aumenta, os recursos disponíveis podem ser investidos na viabilização dos objetivos e metas traçados. Existem diferentes abordagens para investir e gerenciar esses recursos: o método tradicional, que monta uma carteira de investimentos que atenda a todos os objetivos; e o método baseado em objetivos, onde uma carteira de investimento é criada para cada objetivo específico. Em ambos os casos, o importante é não se escolher os ativos apenas pela avaliação do retorno, mas considerando-se também os riscos e as restrições.
Seguros de vida e de propriedades, bem como planos de previdência privada, podem e devem ser incluídos no planejamento financeiro. Eles ajudam a mitigar riscos e prejuízos, além de aumentar as chances de uma vida tranquila no futuro. Podem, também, ser utilizados para proteger e resguardar a família do segurado e gerar liquidez em processos de inventário.
Por fim, se a pessoa construiu um patrimônio suficiente para deixar de herança, poderá planejar como destinar os recursos da maneira mais eficiente. Aqui, como em todas as etapas do processo, poderá é possível contar com um profissional qualificado que ajuda na orientação e na realização dos objetivos.
E é sempre bom lembrar: organização e disciplina são as chaves do sucesso!