Aprenda com os erros e desenvolva a resiliência financeira
Aplicada às finanças pessoais, a resiliência permite enfrentar as dificuldades financeiras e superar as adversidades que surgem ao longo do caminho, sem comprometer o que é essencial nem tirar o foco dos objetivos de longo prazo. É a capacidade que uma pessoa tem de se recuperar dos reveses e continuar avançando em direção aos seus objetivos financeiros.
Nesse processo, aprender com os erros e fracassos, promovendo mudanças nos hábitos e comportamentos, é fundamental para se conquistar uma vida financeira estável e bem-sucedida. Para cada fase da vida, existem armadilhas de consumo e investimentos que devem ser evitadas.
Aos 20 anos, por exemplo, o maior desafio é controlar as emoções e os impulsos de consumo. Gastar a maior parte da renda com viagens, roupas da moda ou celulares e vídeo games de última geração, pode parecer uma boa ideia no curto prazo. No entanto, deixar de poupar uma parte da renda para emergências e para os projetos futuros, pode se tornar um problema a longo prazo.
Já aos 30 anos, com o desenvolvimento profissional, aumentam as responsabilidades e a busca por independência. Nessa fase, é natural pensar na casa própria, no carro, em um relacionamento estável e, para alguns, constituir uma família. O aumento dos gastos combinado com a ideia de que ainda há muito tempo pela frente para começar a planejar as finanças e poupar para o futuro, contribuem para a instabilidade financeira e podem levar ao endividamento.
Quando se chega aos 40 anos, a inteligência emocional costuma estar melhor desenvolvida, o que contribui com o maior controle dos gastos e das dívidas. Porém, nem sempre o planejamento financeiro faz parte da rotina. A falta de uma reserva para emergências, de contar com a proteção adequada de seguros para prejuízos decorrentes de acidentes e imprevistos e, principalmente, de um plano para os objetivos de longo prazo, põem em risco as finanças pessoais e a segurança da família ao menor dos imprevistos.
Acima dos 50 anos, um dos maiores perigos é a constatação de que mais da metade da existência ficou para trás. Isso traz reflexões sobre os sonhos e desejos da juventude que acabaram ficando de lado pelas demandas da vida. Para alguns, a ideia de compensar o tempo perdido e aproveitar ao máximo o presente, torna-se o principal objetivo. Com isso, os planos da aposentadoria e a constituição de um patrimônio que assegure os gastos com a saúde e a eventual perda de independência, ficam em segundo plano.
Tudo isso põe em risco a saúde financeira e a concretização dos sonhos e objetivos que tinham sido traçados. Como esses erros tendem a se acumular ao longo da vida, é possível imaginar o impacto que causam nas finanças e nas famílias. Por isso, além de aprender com os erros, é fundamental:
- Compreender a origem dos problemas financeiros enfrentados e identificar a melhor forma de superá-los.
- Buscar um sentido realista para a vida, definindo metas e objetivos factíveis. Ser responsável pelo planejamento e pelas decisões financeiras, que devem ser compatíveis com a situação econômica em cada etapa da vida, sem perder de vista os objetivos de longo prazo.
- Contar com mecanismos de proteção por seguros adequados para lidar com os impactos financeiros decorrentes dos imprevistos e acidentes a que todos estão sujeitos.
- Desenvolver a inteligência emocional, priorizando o consumo e o investimento alinhados ao que é essencial.
- Ter equilíbrio para enfrentar os momentos de dificuldade e lidar com os problemas com que se defrontar, sem comprometer ainda mais as finanças pessoais.
Nunca é tarde para começar. Cada pessoa pode, a qualquer momento, dar o primeiro passo, sair da zona de conforto e cuidar daquilo que realmente vale a pena: a sua felicidade e a felicidade de todos aqueles que são importantes para ela!