Ageingnomics: as oportunidades que o envelhecimento oferece
O Centro de Pesquisas Ageingnomics analisa a ascensão da chamada silver economy
A população mundial está envelhecendo, mas o ritmo do Brasil se destaca por sua velocidade. Países como França, Reino Unido e Espanha, conhecidos pela expectativa média de vida de seus habitantes, demoraram pelo menos três vezes mais que o Brasil para dobrar o percentual de sua população em idade avançada. As estatísticas preveem que em 2050 o Brasil terá cerca de 66 milhões de pessoas com mais de 55 anos de idade, número três vezes maior que o registrado hoje (24 milhões).
Esta situação representa sem dúvida um grande desafio para a estrutura do país. Mas será que também pode ser uma grande oportunidade? É exatamente isso que propõe o Centro de Pesquisas Ageingnomics, uma instituição criada pela Fundación MAPFRE e que tem como missão difundir uma visão positiva da mudança demográfica com base nas oportunidades econômicas e sociais que o envelhecimento da população oferece.
O termo “Ageingnomics”, cunhado pela MAPFRE e pela Deusto Business School, é um neologismo que surge da união das palavras em inglês ageing (envelhecimento) e economics (economia). A chamada “economia do envelhecimento” se refere a todo um leque de oportunidades derivadas do impacto econômico e social das atividades realizadas e demandadas pela população com mais de 55 anos de idade. O aumento da expectativa de vida possibilitou o surgimento de uma nova etapa que faz com que as pessoas entre os cinquenta e os setenta anos, com saúde e preparação, continuem trabalhando, economizando, criando e consumindo.
Sem dúvida alguma, esse novo cenário demográfico mudará a economia: surgirão novas indústrias para atendê-los e novos empresários encontrarão oportunidades onde antes não havia. O culto da juventude, ao qual a publicidade se rendeu, também pode mudar dentro de poucos anos. A silver economy está aqui!